Saúde
Fundações podem assumir UPA da Bento
Modelo de gestão começa a ser construído entre a prefeitura e a Universidade Federal de Pelotas
Carlos Queiroz -
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da avenida Bento Gonçalves deverá ser administrada pelas fundações da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A tendência é de que seja a Fundação de Apoio Universitário (FAU), que já tem experiência na área, mas o presidente de ambas, Marco Aurélio Romeu Fernandes, não descarta a possibilidade de vir a ser a Delfim Silveira, até porque as duas acabam trabalhando juntas. A fase é de construção do modelo de gestão da UPA com a prefeitura.
Conforme Fernandes, a UFPel foi procurada pelo município para assumir o gerenciamento da unidade e fez contato com as fundações, que têm essa experiência. “Há interesse em apoiar a Universidade nesse trabalho e envolver o meio acadêmico dentro da UPA, que é um espaço rico de formação para profissionais da saúde”, destaca.
O reitor Pedro Hallal ressalta que a instituição pode ter várias formas de vínculo com a Saúde e tem todo o interesse em que isso aconteça. Além do gerenciamento da UPA via fundações, tem atração na parceria acadêmico-assistencial. Frisa que no passado havia um certo equívoco entre a gestão das fundações e a UFPel, que tem adotado uma postura de total independência. “Nosso papel institucional foi indicar as fundações e apoiar”, esclarece.
De acordo com a secretária de Saúde, Ana Costa, a UFPel, o único ente que a prefeitura pode solicitar de forma direta, sem necessidade de licitação, atendeu ao chamamento público do município e as tratativas começaram, embora estejam em uma fase bem inicial. Juridicamente ainda não está nada definido. A obra da UPA está em fase final, restando apenas pequenos ajustes e a previsão é de que comece a funcionar no primeiro trimestre ou no máximo no início do segundo de 2018.
Equipamentos
Do material, entre aparelhos e mobiliário, parte já está comprada e outras estão sendo licitadas. O que já foi adquirido está no almoxarifado da prefeitura. O aparelho de raios X que ainda se encontra fechado, na UPA da avenida Ferreira Viana, irá para a da Bento Gonçalves. Ana recorda que havia uma obrigatoriedade do equipamento em todas as UPAs do Brasil, por isso o município comprou. Ocorre que a demanda sempre foi pequena, muito aquém do previsto, de dois a três casos ao dia, e para evitar custos, optou por não instalá-lo.
O funcionamento do aparelho implicaria, além dos custos de manutenção, contratação de pessoal para lidar com o mesmo e, diante de uma procura tão baixa, a prefeitura resolveu utilizar o equipamento na UPA da Bento. “Quando se fez as portarias ministeriais prevíamos uma demanda muito alta, que na prática não aconteceu e não se justifica dois equipamentos de alto custo, com equipe 24 horas para isso”, explica, ao salientar que agora não é preciso comprar outro.
A grande maioria dos pacientes procura o serviço de traumatologia da Santa Casa de Misericórdia e quando há algum caso na UPA da avenida Ferreira Viana, um técnico acompanha o paciente até o serviço, de táxi, que é mais econômico do que manter o aparelho de raios X funcionando em um local onde quase não seria utilizado. O equipamento custa mais de R$ 100 mil e também tem manutenção cara.
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